​Se você se encontra em um ciclo de repetição em áreas como finanças, relacionamentos ou bem-estar, talvez já tenha se perguntado: “Por que isso acontece de novo comigo?”

​A resposta reside no seu subconsciente, o verdadeiro “grande executor” da sua vida. Entender como essa parte da sua mente funciona é o primeiro e mais crucial passo para quebrar padrões e construir a realidade que você deseja.

​Este artigo é um guia que revela o mecanismo por trás das suas escolhas e como você pode iniciar um diálogo com o seu banco de dados interno.

​O Subconsciente: Um Banco de Dados Energético

​Ao contrário do que muitos pensam, o subconsciente não é apenas uma parte física do cérebro. Ele pode ser definido como um campo de energia e um banco de dados que armazena:

  • ​Todas as suas memórias.
  • ​Todas as suas emoções.
  • ​Todas as interpretações que você deu a cada experiência vivida, especialmente na infância

​Este campo de energia está constantemente te impulsionando a escolher entre “A” e “B,” fazendo com que suas ações e reações sejam automáticas e alinhadas com essa programação mental pré-existente.

“O que nós estamos vivendo hoje nada mais é do que o resultado de todas as escolhas que nós fizemos no decorrer da nossa vida.”

​O Ciclo da Repetição e a Luta Contra o Adversário Errado

​Se você não está consciente dessa programação, você cai no que chamamos de “lutar contra o adversário errado.”

​Quando algo de ruim acontece, a mente consciente nos vende a ideia de que a causa do sofrimento é o fator externo: o chefe, o sócio, o cônjuge ou a falta de dinheiro.

​Na verdade, o verdadeiro motivo do que você está sentindo hoje são as informações registradas no seu subconsciente.

​O Exemplo da Fuga do Prazer

​Um exemplo prático ilustra essa dinâmica:

  1. ​Uma pessoa, na infância, realiza um movimento natural (como tentar sair de um carrinho).
  2. ​Esse movimento causa um susto ou dor em uma figura de amor (mãe ou pai).
  3. ​O subconsciente registra a correlação: Busca do prazer (o movimento) é igual a dor (para mim e para quem eu amo).
  4. ​Na vida adulta, o indivíduo corre ou foge do prazer e do sucesso em qualquer área, porque o programa interno o vê como algo perigoso ou culpado.

​Sem essa consciência, o padrão se repete: “Mas de novo eu caí no buraco? Mas de novo eu vou encontrar esse tipo de pessoa?”

​A Estratégia Dupla: Fechar a Casa e Fazer a Faxina

​Para sair desse ciclo, propõe-se uma metáfora poderosa: a da casa suja. Não adianta apenas limpar a casa se as janelas e portas continuam abertas. O trabalho de otimização do subconsciente deve ser feito em duas etapas simultâneas:

​1. Fechar as Portas e Janelas (Adquirir Consciência)

​Este é o trabalho de Razão e Maturidade, que envolve adquirir novos conceitos sobre a vida e o seu funcionamento:

  • Resgate do Poder Pessoal: Pare de dar o poder do seu bem-estar (alegria, paz, irritação) para o tom de voz de outra pessoa ou para um evento externo. O poder de sentir é seu.
  • Compreensão Mútua: Entenda que, assim como você, o outro também está agindo a partir do seu próprio condicionamento e de suas dores. Isso te liberta da crítica e da condenação.
  • Foco no Próprio Umbigo: O maior serviço que você faz ao universo é resolver o seu próprio “B.O.” (problema). Concentre-se em tratar as suas próprias emoções, mágoas e revoltas, em vez de tentar mudar ou fiscalizar os outros.

​2. A Faxina Interna (Conversar com a Emoção)

​Aqui, você aprende a dialogar com seu banco de dados para limpar a sujeira que já entrou. Isso é feito por meio da auto-observação no momento do conflito:

  1. Reconheça o Desconforto Físico: Quando um problema ou briga surge, observe onde a emoção se manifesta no seu corpo (peito, estômago, garganta).
  2. Desconecte o Fato da Emoção: Leve a mão a esse ponto e diga ao seu subconsciente: “Minha cabeça está me vendendo a ideia de que essa briga X me causou isso, mas eu sei que essa emoção já me encontrou várias vezes na vida”.
  3. Investigue o Passado: De olhos fechados, peça ao seu subconsciente para te mostrar outras situações passadas onde você sentiu exatamente a mesma coisa. Você pode se surpreender ao perceber que o sentimento de uma brágua com o irmão é o mesmo de uma perda passada.
  4. Resignifique a Experiência: Ao se reconectar com as “versões passadas” de você, use a consciência adulta (os conceitos aprendidos na etapa 1) para explicar que elas interpretaram a situação de forma infantil e que o poder sempre foi delas, e não do outro.

​Este trabalho duplo — adquirir uma nova consciência e limpar as percepções antigas — é o que permite a expansão de consciência e te leva à sensação de viver a vida real com leveza e alegria.

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