A dieta low-carb se tornou uma das estratégias alimentares mais populares dos últimos anos. Muitas pessoas recorrem a esse estilo de alimentação buscando emagrecimento rápido, controle da glicemia, melhora do colesterol e mais disposição. No entanto, junto com sua fama, também surgiram muitos mitos — e nem todos são inofensivos.
Neste artigo, vamos esclarecer os principais mitos e verdades sobre a dieta low-carb com base no que a ciência realmente diz. Portanto, se você quer adotar esse estilo alimentar de forma segura e eficaz, continue a leitura e descubra o que é mito, o que é verdade e o que merece atenção.
O que é a dieta low-carb?
A dieta low-carb é um plano alimentar que reduz significativamente a ingestão de carboidratos, privilegiando o consumo de proteínas e gorduras boas. Ou seja, o objetivo não é eliminar os carboidratos por completo, mas sim reduzir sua presença — especialmente os refinados e de alto índice glicêmico — para promover diversos benefícios metabólicos.
Essa abordagem varia em restrição de carboidratos, podendo ir de uma redução moderada (100-150 g/dia) até versões mais restritas, como a cetogênica (menos de 50 g/dia).
Mito 1: Toda dieta low-carb é igual
Não é verdade. Existem diversas versões da dieta low-carb, como:
- Cetogênica (keto)
- Atkins
- Paleo com restrição de carboidrato
- Low-carb tradicional
Cada uma tem suas particularidades em termos de proporção de macronutrientes, foco em tipos de alimentos e objetivos. Por isso, o ideal é escolher a versão mais adequada ao seu estilo de vida e necessidades individuais.
Mito 2: Você precisa cortar todos os carboidratos
Esse é um dos maiores equívocos. A dieta low-carb prega a redução inteligente dos carboidratos — especialmente os industrializados e açúcares simples —, mas não exige eliminação total.
Além disso, frutas com baixo teor de açúcar, legumes, verduras e até grãos integrais podem (e devem) ser incluídos, desde que com moderação.
Verdade: Pode ajudar no emagrecimento
Estudos mostram que dietas com menor teor de carboidratos são eficazes para perda de peso, especialmente no curto prazo. Isso acontece por vários fatores combinados:
- Redução da insulina circulante
- Maior saciedade promovida pelas proteínas e gorduras
- Menor ingestão calórica espontânea
Contudo, como qualquer dieta, a adesão e o estilo de vida do indivíduo são determinantes para os resultados sustentáveis.
Mito 3: Comer gordura faz mal à saúde
Por muito tempo, as gorduras foram demonizadas. Hoje, sabemos que gorduras boas são essenciais ao funcionamento do organismo e podem ser consumidas com segurança:
- Azeite de oliva
- Abacate
- Oleaginosas
- Óleo de coco
- Peixes gordurosos
No entanto, a chave está em evitar as gorduras trans e os óleos refinados de baixa qualidade, que continuam sendo prejudiciais à saúde.
Mito 4: Dieta low-carb causa deficiência de nutrientes
Com planejamento adequado, a low-carb pode ser muito nutritiva. Isso porque ela inclui alimentos ricos em vitaminas, minerais e fibras:
- Vegetais de folhas verdes
- Ovos
- Carnes magras
- Frutas com baixo teor de açúcar (morango, kiwi, mirtilo)
Portanto, a deficiência só ocorre quando há restrição excessiva e sem orientação profissional.
Verdade: Ajuda a controlar o açúcar no sangue
Estudos mostram que reduzir carboidratos — especialmente os refinados — melhora a sensibilidade à insulina e contribui para o controle glicêmico. Dessa forma, essa abordagem pode ser benéfica para pessoas com resistência à insulina ou pré-diabetes.
Mito 5: É impossível manter uma dieta low-carb a longo prazo
Embora exija adaptações, a dieta low-carb é perfeitamente sustentável quando feita de forma equilibrada. Muitos adeptos criam rotinas prazerosas e duradouras, especialmente quando aprendem a preparar receitas variadas e adaptadas.
Além disso, o segredo está na individualização e no equilíbrio.
Verdade: Pode melhorar os níveis de triglicerídeos e colesterol
Pesquisas indicam que dietas low-carb podem:
- Aumentar o HDL (colesterol bom)
- Reduzir triglicerídeos
- Melhorar o perfil lipídico total
No entanto, é importante monitorar os exames com acompanhamento profissional, principalmente se houver histórico familiar de dislipidemias.

Mito 6: Low-carb é sinônimo de comer bacon e ovos o dia inteiro
Essa visão caricata não representa a diversidade de uma low-carb equilibrada. Embora ovos e carnes sejam parte do plano, há grande variedade de alimentos incluídos:
- Legumes assados
- Saladas variadas
- Frutas com moderação
- Laticínios integrais
- Receitas com farinhas low-carb (amêndoas, coco, linhaça)
Assim, é possível manter uma alimentação variada e saborosa dentro do conceito low-carb.
Como iniciar uma dieta low-carb com segurança
Se você está pensando em começar, siga essas recomendações:
- Consulte um nutricionista para definir a estratégia ideal
- Faça um diário alimentar nos primeiros dias
- Mantenha-se hidratado
- Dê preferência a alimentos in natura ou minimamente processados
- Evite compensações com produtos industrializados “low-carb”
Além disso, lembre-se de que cada organismo responde de maneira única às mudanças alimentares.
Considerações finais
A dieta low-carb, quando bem orientada, pode trazer inúmeros benefícios à saúde. Mas é essencial fugir de modismos e informações distorcidas.
Cada organismo é único. O que funciona para uns pode não funcionar para outros. Portanto, o melhor caminho é a personalização com base em orientação profissional.
Não deixe de ler também o nosso artigo: Low-carb vs. Cetogênica: Qual a melhor opção para você?
Agora queremos saber: você já seguiu uma dieta low-carb? Teve dúvidas ou caiu em algum desses mitos? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe sua experiência!