Mulher representando o amor-próprio

Vivemos em um mundo que constantemente nos empurra para fora de nós mesmas. Nos faz acreditar que precisamos da aprovação alheia, dos elogios, das curtidas, dos “eu te amo” de outras pessoas para, então, sentirmos que somos suficientes. Mas essa ideia é um grande equívoco que, se não questionado, pode custar muito caro: sua paz, sua autoestima, sua essência.

Neste artigo, vamos refletir profundamente sobre a importância de se amar. Não como uma opção romântica ou idealizada, mas como um dever inadiável. Porque, no fim das contas, o verdadeiro amor que transforma é aquele que você cultiva por si mesma.

O Erro de Esperar de Fora o que Deveria Vir de Dentro

Uma das maiores falhas emocionais é acreditar que algo externo precisa acontecer para que nos sintamos bem por dentro. Esperamos que alguém nos ame, que nos lembrem do aniversário, que nos elogiem. Projetamos nossa felicidade em acontecimentos e pessoas.

Mas toda vez que jogamos essa “conta” para o outro pagar, ela se torna mais alta. E com o tempo, ela fica impagável.

Ficamos exigentes, carentes, dependentes. Até esquecermos que a única pessoa que verdadeiramente pode (e deve!) nos amar de forma incondicional somos nós mesmas.

O Amor-Próprio é um Dever, Não um Capricho

Se você é adulta, entenda com toda a clareza: é seu dever se amar. E isso não é uma frase de efeito. É um compromisso.

Claro, é maravilhoso ser amada por outra pessoa. Mas isso é lucro, não necessidade. Necessidade é o que você mesma tem que suprir. Porque o outro pode vir e ir, mas você vai estar com você todos os dias.

O Ponto de Virada: Um Combinado Consigo Mesma

Hoje pode ser o dia do seu recomeço. Não importa onde você esteja emocionalmente. O que importa é sua decisão.

Proposta de narrativa:

“Hoje, faço um combinado comigo. Vou me olhar com mais carinho. Vou parar de me cobrar tanto. Aceitar as minhas peculiaridades. Reconhecer meus acertos e meus erros. Honrar cada página da minha história, mesmo as rasuradas, mesmo as que eu gostaria de ter reescrito.”

Essa é a base do amor-próprio: acolhimento.

Não Amar Tudo Que Fez Não é o Mesmo que Não Se Amar

Você pode não amar todas as suas escolhas. Pode se arrepender de alguns momentos. Pode reconhecer que errou. Mas nada disso é motivo para não se amar.

Se amar é reconhecer os contornos, os limites e a complexidade de quem você é.

Quem se ama tenta compreender sua tolerância, seu merecimento, seus bloqueios. Quem se ama sente muito — e transborda. Mas também se refaz.

Amor Não é Condicional: Cuidado com as Justificativas

É comum escutarmos: “Eu vou me amar quando emagrecer”, “quando mudar de emprego”, “quando fizer aquela cirurgia”. Mas o amor-próprio verdadeiro é incondicional.

Ele é visceral. É existencial. E não depende de meta alguma.

O Amor que Damos aos Outros Só Tem Valor Quando Existe em Nós

Que amor é esse que dizemos oferecer ao outro, se não temos amor por nós mesmas?

Amor-próprio não é egoísmo. É fundamento. Porque você só consegue oferecer amor saudável quando o tem em si.

Quando não nos amamos, aceitamos o mínimo. Permanecemos onde não somos valorizadas. Toleramos o intolerável. Esquecemos de quem somos.

Características de Quem Se Ama de Verdade

Uma pessoa que se ama:

  • Enfrenta a solidão com dignidade
  • Não precisa provar nada a ninguém
  • Reconhece onde cabe e onde não cabe
  • Sabe perdoar e também sabe partir
  • É honesta consigo mesma
  • Não busca distrações para tapar buracos emocionais
  • Tem paz consigo mesma

Quem Se Ama Tem Paz (e Isso Não Tem Preço)

Paz é a maior ostentação emocional. E quem se ama encontra essa paz dentro de si.

Quem se ama sofre, cai, se estrepa, mas se refaz mais rápido. Aprende com as feridas. Não busca se distrair, busca sentido. E sabe que não tem tempo a perder.

Conclusão: Se Amar é o Maior Ato de Liberdade

Se amar é um ato revolucionário. Em um mundo que lucra com nossas inseguranças, olhar para dentro e se acolher é um gesto de resistência e coragem.

Comece hoje esse movimento. Não espere emagrecer, mudar de vida, arranjar alguém. Comece agora. O amor que você procura no outro precisa primeiro nascer em você.

E lembre-se: quem se ama, se respeita. Quem se ama, se cuida. Quem se ama, se liberta.

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